17 dezembro, 2007

"Só será a ultima canção se deixarmos que seja"



É com essa frase flutuando sobre a tela que acaba o instigante Dancer in The Dark (Dançando no Escuro)- 2000, do diretor dinamarquês Lars Von Trier.


Dancer in the Dark foi premiado com o Palma de Ouroe o prêmio de Melhor Atriz (Björk) no festival de Cannes, além de vários outros prêmios em outros festivais.


Nesse feito cinematográfico, conta-se a história de Selma(Björk), uma operária tcheca que está ficando cega graças a uma doença hereditária.Para que seus filho Gene(Vladika) não tenha o mesmo triste destino, essa operária viaja aos EUA, onde pode-se fazer uma cirurgia que reverta essa condição. Selma é apaixonada por musicais e mergulha em seu eu interior fazendo música a partir de qualquer barulho, desde o estardalhaço das máquinas da fábrica onde trabalha e o barulho do trem sobre os trilhos até o quase inexistente som vindo das tubulações de ar da prisão onde acaba se encerrando o filme.


Além de contar com a digníssima cantora, compositora e,agora, atriz Björk, temos no elenco a francesa Catherine Deneuve,como Kathy,e o David Morse, como Bill.


O filme tem uma única. A fabulosa trilha sonora da Björk é um dos marcos. Destacam-se as canções I've Seen It All, que embala a cena do trem, onde Selma prevê o seu destino, e a "Ultima Canção", que na verdade é penultima, já que "só será a ultima canção se deixarmos que seja". Essa "Ultima Canção" não sai da minha cabeça... "Doces tangerinas, filas de bailarinas e andar sobre o ar, são as coisas que mais gosto" são versos desta canção.
Encerro aqui lembrando o principal lema da Selma: "Quando era menina e ía ao cinema ver um musical, saía na penultima música, assim o filme ficava para sempre".




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Só eu sei o quantos clics do mouse tive que dar para achar um preço acessível do DVD desse filme, mas no final das contas foi a grande Lya quem salvou a minha vida. Obrigado linda!