23 agosto, 2009

2007 - 2009 Um texto que salpica de pessoas, escola e método. Os meus 2 anos de SENAI

2007

Quase velho, burro e infantil. Era mais ou menos assim que eu estava no momento em que fui selecionado para entrar no SENAI.

Foi através de um programa do GDF, recém fundado na época, o Protec (programa escolas técnicas), que eu adquiri minha vaga no curso Técnico em Web Design do SENAI – CTI (SENAI-CETRES, antigamente), graças às minhas boas notas de português e matemática. Um mérito não tão legítimo assim, já que pra ser destaque no ensino médio das escolas públicas do DF basta fazer os exercícios de casa.

Tinha eu meus quinze anos e cursava o 2º ano do ensino médio. Estava em um momento de transformar quase todos os trabalhos da escola em curta-metragem. O da vez era um trabalho de inglês. Adaptamos o livro The Canterville Ghost, do Oscar Wilde. Era meio desesperador fazer filmes com minha turminha de escola. Eu tentava atingir um grau mínimo de excelência, enquanto eles pareciam fazer o trabalho por dó de mim, ou sei lá o quê. No meio à dores de cabeça para terminar esse filme, que foi gravado em inglês, eu recebo uma ligação em que me informam de ter sido selecionado pelo Senai. The Canterville Ghost foi rapdamente finalizado e não quero que ninguém o veja... não é um trabalho de se levar para um portfólio. Agora, vamos ao Senai.

Faltei a primeira aula e cheguei extremamente atrasado na segunda por problemas técnicos. Me mandaram para uma sala X. Chegando lá, só o professor estava – a turma no intervalo. Perguntei se lá era mesmo web design, e ele, muito educadamente, falou “atitudes pessoais”. Minha réplica foi “me informaram que aqui era web design”. Ele piora nosso diálogo de boas-vindas com “claro que essa turma é de web design, mas o componente é Atitudes Pessoais”. Esse foi o nosso primeiro professor, o Edilson. Ele nos ensinou sua técnica pivman, ufologia, misturou com um pouco de Max Gehringer e Shinyashiki, O Segredo, e outras bizarrices. Talvez daqui já seja previsível o quão catastrófico, ou quase, o curso foi.

Começamos em uns trinta alunos. Aos poucos muitos foram desistindo. Nas primeiras semanas ainda surgiam substitutos de outras chamadas. O ultimo foi o Carlos, que teve a infelicidade, ou não, de perder todo o componente do Edilson e chegar no do Valdemir, Informática Básica e Aplicada. O segundo componente foi mais tranquilo. O samurai Valdemir é até que normalzinho se comparado ao quadro de professores que ainda serão citados neste texto.

Aqui as pessoas já tinham encontrado seus comuns ou o mais próximo disso. A princípio eu andava muito com o Tiago, a Débora e a Aline, poucas alterações ocorreram até o final do curso. Fui eleito com líder da turma, tendo a Jéssica como vice. Fomos uma turma tranquila. A grande maioria se identificou logo no começo pela religião. São quase todos evangélicos, o que resultou, mais tarde, nas orações de rotina ao final de cada aula. No mais, eu os julgo como pessoas parecidas mesmo. São todos bem comportadinhos e educados. Tomando como parâmetros outras turmas que tive ao longo de minha vida escolar, não tenho tanto reclamar dessa.

O curso começou a ficar divertido no 3º componente, as 180 horas de Desenho e Ilustração. Aqui é um divisor de águas, quando as águas mal tinham começado a correr. Todo o nosso perfil estético deveria ser espremido aqui para aproveitar melhor o que viria. Este componente foi lecionado paralelamente ao 4º, História da Arte e do Design, pela professora Rosa Banuth. Rosa se esforçou bastante, mas talvez nem soubesse que naquele momento nós éramos absolutamente inexperientes. Boa parte de nós não sabia o que era “design”, e mais que isso já nos era cobrado.

Apesar de a maioria reclamar do componente Desenho, para mim ele é mais importante da grade, e mesmo não tendo sido aplicado em 100%, ainda assim foi o mais importante. Primeiramente tínhamos que separar design de arte, informações que tiveram sua busca prorrogada componente a componente. Os árduos trabalhos milimétricos com nossas réguas de 60 centímetros nos possibilitou uma exigência estética muito boa. O componente falha na parte de aprofundamento. Foi quase tudo superficial. Deveríamos ter aprendido coisas científicas de design, como lei áurea e progressão geométrica.

História da arte e do Design deixou a desejar. Praticamente não vimos nem arte nem design. Novamente aqui o que faltou foi a Rosa saber que éramos inexperientes. Ela simplesmente nos passou trabalhos de pesquisa, sendo que carecíamos muito de aulas. Escolas de design, como a Bauhaus, nunca foram citadas.

2008

Após esses dois primeiros componentes com a Rosa, vem a parte negra do curso. O módulo dois (Assistente de gestão de produção do Design) é marcado de componentes confusos e alguns professores charlatões. Comunicação e Pesquisa é aplicado pela não muito criativa Poliana. Merece destaque nesse estágio quando trabalhávamos resenha crítica. A Poliana pediu para que eu trouxesse um filme para material de nosso texto. Fiz uma lista, trouxe a votação e escolheram o clássico Blade Runner, cyberpunk oitentista dirigido por Riddley Scott. Todos odiaram o filme, inclusive a sábia Poliana. A culpa foi minha, pois não deveria ter sugerido um filme tão denso. A repulsa por Blade foi tamanha que o filme de auto-ajuda Homens de Honra o substituiu. Esse filme arrancou lágrimas da platéia. Depois de tudo ainda tivemos direito a um debate quente sobre os dois filmes, em que a maioria defendia arduamente o filme de auto-ajuda. Os quentes debates levados a êxtase com o Ramy e o Tiago também marcaram o segundo módulo do curso.

O curso não teria componentes considerados perdidos se, talvez, fossem todos aplicados por web designers, pois assim tudo seria direcionado para um fim.

O módulo II realmente foi difícil. Não difícil de exigente, pois quase todos tiramos notas acima de 9. A dificuldade estava em suportá-lo. Depois da Poliana tivemos a Cibelle. Ela foi uma professora muito legal, num componente não muito útil, ou pelo menos não direcionado para a profissão a qual o curso se destinava. Aprendemos com ela Educação Ambiental. Se me perguntarem, sei tudo de banheiros ecológicos. Passado o componente da Cibelle, veio o pior de todos, Elaboração e Gestão de Projetos. Inicialmente aplicado pela Janaína Botelho (mais conhecida como Laiô). As 50 horas desse componente foram carregadas da chatisse já intríseca à assuntos relativos a gestão de projetos somadas àquelas trazidas pelos seus docentes. Uso o plural em docente pois foram dois. A Janaína não pode continuar conosco, o substituto foi seu namorado do momento, o empresário que fechou nove empresas, Marcelo Carlson. Sem estender muito a conversa, terminamos o componente com a gestão do projeto do site “A Moreninha”, uma empresa de café candidata a ser a décima fechada pelo Marcelo.

Os demais componentes desse módulo não foram tão problemáticos. Tivemos empreendedorismo com a Sheilla. Fizemos muitas peças de teatro e finalizamos com o empreendimento das fictícias empresas Arrematé – Turismo e Brainstorm - produção de eventos, que dividia a turma em dois grupos. Tecnologia de Produção Industrial com a Rosa, onde tivemos contato com os diversos tipo de material gráfico. Finalizando, inglês técnico, com a grande Débora Godoi.

Chegar ao módulo III (Designer Gráfico) foi como respirar depois de muito afogamento. Tivemos aulas com o brincalhão Renato, que assumiu todos os componentes (Design de Impressos Publicitários, Criação e Tratamento de Imagens Digitais, Designer de Impressos Editoriais I). Apesar de muitas horas de truco no intervalo que faziam as horas de aula se perderem, foi um período de muito proveito.

2009

Assim como o módulo III, o módulo IV (Web Designer) teve um único professor, o Alan. Este quem mais marcou nossa estagia na instituição. O Alan estava em um momento de incertezas e melancolia, ele buscou na turma um apoio. Tenho a impressão de que a turma deu o que ele queria. Ele nos cedeu eficientes conhecimentos e seu jeito tímido somado a seu físico avantajado o tornaram uma espécie de mascote da turma.

O módulo V (Web developer) acompanha um momento importante desses 2 anos, a Olimpíada do Conhecimento. Nessa olimpíada, são selecionados alunos de cada curso para competirem com os das outras unidades do Senai. Há a fase interescolar, regional, estadual, nacional e internacional. Tiago, Bruno R., Maurício N. e o Carlos deixaram de frequentar as aulas regulares para competir nas olimpíadas. A turma ficou um tanto acanhada e as relações se modificaram de alguma forma com a saída dos 4 membros. Talvez a sensação de que o curso estivesse realmente acabando pairou sobre algumas mentes.

O módulo V foi lecionado principalmente pelo Emanuel, que só não aplicou Introdução a tecnologia de redes – componente do meio perturbado, mas competente profissional, Átila. Lógica de programação, banco de dados, desenvolvimento de aplicativos web, designer de projetos para Web foram os do Emanuel. Aqui o Senai já não nos aguentava. Faziam muito descaso de nossa turma. Deveriam ao menos ter esperado que concluíssemos o curso para fingirem que não existíamos.

Muitas aulas foram perdidas quando tínhamos que sair do nosso laboratório para dar lugar a outra turma que acabara de chegar. Nos mandavam para outras instalações onde não havia suporte para os pesados softwares que um web designer tem que utilizar. Tudo foi refletido no nosso projeto final.

O tal projeto foi uma verdadeira piada. Nos deram menos de 1 mês para realizar um sistema para atendimento de usuário (como um site de compras), sendo que nos trocavam de laboratório sempre. Pior que isso foi a banca, composto por nada menos que 0 web designers.

Tá, você que está lendo deve perceber a minha pressa de terminar o texto. Meu objetivo era escrever algo mais descritivo e lânguido, mas minha agenda me forçou a correr nessa escrita. Por fim, velho, burro e ranzinza é como eu saí do Senai... e, claro, quase um web designer.



Agora deixo vocês com o vídeozinho que nossa coleguinha legal Anacleize fez. Não a culpem pela escolha de soundtrack que ela fez...

20 agosto, 2009

Imaginação destrutiva


Esses dias parei pra pensar sobre uma situação que volta e meia me ocorre, imaginar o caos. Desde de pequeno, quando fico destraido, eu começo a imaginar as coisas a minha volta se destruindo. As mais normais são imaginar aviões explodindo e caindo, ou batidas cinematográficas de carro, mas a minha favorita é andar pela Comercial Norte e imaginar um mosntro de 40m destruindo os prédios (a lá Godzilla). Parte dessa imaginação e interesse no caos eu dedico aos filmes de ação, sempre imagino as tomadas, fotografias, e até trilha sonora. Nunca pensei nas morte ou feridos, minha imaginação trabalha com as imagens, não com as consequências. Se desse, ia ser legal poder, pelo menos, transformar tudo isso em filmes [mas com grande orçamento].

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Leiam Calvin & Haroldo!
Assistam Um Sonho de Liberdade!
XD

07 agosto, 2009

Saudades do mar


Saudades do mar além do horizonte
Saudades do aroma e do sabor
Saudades de água de coco ou da fonte
Saudades do Sol e seu ardor.

Fui levado pelas ondas para além-mar
Mas acordei longe do meu lindo sonho
Outra hora volto a sonhar
E esqueço meu contexto enfadonho.

Porém ainda tenho saudades do mar
Saudades da paz e de espreguiçar
Mas logo eu durmo de novo
E logo voltarei a sonhar.

Sinto falta de amor e sensação
De sentar na sombra e sentir o vento
Saudades de ficar junto no Verão
Saudade é um doce sentimento.

Estou perdido com saudades do meu lar
É com você, nas ondas, que está meu coração
Nunca saí de onde estou e jamais vi o mar
Mas saudades também poder ser imaginação.

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Não sei explicar esse poste...
só saiu
XD

Assistam Na Natureza Selvagem