22 fevereiro, 2009

Tempo, esse devorador de coisas...


É... Por algumas burrices minhas, como não regular o tempo de prova, que tenho que aguardar agora o segundo vestibular de 2009 da UNB. Enquanto isso, decidi postar as redações que vou escrevendo para treinar. Hoje não posto nenhuma delas, mas a que escrevi para a prova de redação deste vestibular.

segue o enunciado:
"Redija uma dissertação, apresentando argumentos que se contraponham à seguinte concepção de tempo expressa pelo poeta clássico Ovídio: o tempo, esse devorador de coisas.


A
natureza está para quem sabe usá-la. O tempo, como elemento inerente a ela, é de proveito aos que souberem fazer dele um diário ou banco de dados de tudo que por ele é englobado. O registro daquilo que nos cerca e acontece é a melhor arma contra a fugacidade do tempo, que não pode ser reduzida, mas o abrandamento de seus efeitos já é de grande valia.
O empirismo utiliza o tempo, dentre outras, como ferramenta. Observar as diferentes condutas da sociedade e os avanços das ciências é prova disso. Aquilo que era feito há mil anos pode parecer absurdo hoje, justo que foi praticado até que descobriu-se uma forma mais adequada de se realizar. Casos esses são infinitos. Se os conhecimentos desenvolvidos por Darwin não tivessem sido registrados, ou mesmo os de Mendel, muito provavelmente não teríamos a Teoria Moderna da Evolução, o que subtrairia alguns anos em avanços. Isso para citar um caso.
Aquilo que acontece e não há no momento ninguém para registrar ou não reste indícios de que aconteceu pode muito bem ser classificado como perda de tempo, justo que esse fato nada acrescentará para a experiência de algum indivíduo, ou indivíduos, no máximo acarretará transformações na natureza. É como se de fato não tivesse acontecido. Está aí a escrita, a fotografia, o cinema e outros canais, todos afim de abrandar os efeitos do tempo. Diante de tal quadro, é conveniente dizer que o tempo até pode devorar as coisas, mas cabe aos seres racionais impedir que ele as digira.

12 comentários:

renata disse...

Estou impressionada com sua habilidade na escrita. Eu fiz esse mesmo vestibular. E não consigo me imaginar fazendo um texto tao claro, limpo e com argumentos simples e ao mesmo tempo tao convincentes! PArabéns

Maurício Chades disse...

obrigado Renata... espero te ver na unb no segundo semestre, pretendo ser aprovado..

Unknown disse...

muito interessante sua redação amigo, também vou prestar o 2º vestibular da unb, boa sorte a ambos.

Lucas disse...

Desculpe o incômodo,

Concordo que sua redação foi clara e limpa,porém em parte não concordo com todas as suas idéias(cada um tem sua opinião).

Venho propor tanto a vc,quanto a outras pessoas.Para se possível nos auto ajudarmos.

De uma olhada na minha redação e se possível apontes os pontos incorretos e soluções para os ditos cujos.

Esta aí.

Redação

No momento em que lemos a frase de Ovídio, entramos em contradição com uma das leis universais da química, ‘‘Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, pois o tempo não devora as coisas, o tempo as renova. Exemplo disto é que as árvores crescem e se desenvolvem até virar adubo e originar outra árvore. Procurando um significado para o tempo, chegamos a pensar que o tempo é determinados espaços ou momentos que o sol percorre a sua volta, os quais são repetitivos, já que sempre o sol percorre a ‘‘mesma distância’’, o ‘‘mesmo tempo’’, logo não há novo dia, há apenas uma transformação.
Talvez a expressão esteja ligada a destruição de amores e vidas, já que envelhecemos, perdemos nossos amores e morremos, mesmo assim ainda podemos nos transformar.O grande é problema se encontra no fato de que há o medo da instabilidade e mudança do tempo,pois nem sempre estamos preparados para tal mudança e a maioria da sociedade civil é estática e conformista,o que dificulta mais a mudança.
O tempo é um transformador de coisas e por isso tão importante.

Lucas disse...

Tirando alguns erros de digitação,agora percebi que cometi um erro querendo me expressar,no momento que eu falo que o sol faz uma volta estou dizendo como outro referencial,olharmos para o céu e vermos o sol em diferentes pontos.

Maurício Chades disse...

logo no início vc coloca 1ª pessoa.. não é bom (lemos). ‘‘Nada se perde, nada se cria,", a banca não gosta de ditados e frases prontas.

gostei lucas.. vc teve bons argumentos

Maurício Chades disse...

boa prova pra tdos nos

Renata disse...

Mau, vc vai prestar pra qual curso?

Maurício Chades disse...

Comunicação Social(segmento Audiovisual). e Você(s)?

Viagens: Sonhos e Realidades disse...

Oiii, eu tbm abrir um blog com esse msm propósito, pra ver s m ajuda na hora do vestibular, mas ainda to pensando o q escrever tbm sobre esse tema, depois entra lá e de sua opinião, acho q colocarei alguma coisa hoje: http://dannytemas.blogspot.com/

marialuiza disse...

adorei sua redaçao do tempo, esse devorador de coisas...
eu tenho q fazer uma redaçao desse jeito...estou com dificuldades....

Anônimo disse...

A frase “na natureza nada se cria , nada se perde , tudo se transforma” não é um ditado , é uma frase de Lavosier , cientista que muito contribui para a química , logo seria uma argumento de autoridade para o texto em questão , logo ele ganharia pontos ,contudo o texto dele ficou um pouco confuso . Já o seu Mau Chades seria atribuída nota zero ,por fuga do tema , pois a proposta é bem clara , voce tem que apresentar argumentos que se contraponham a frase do poeta .