06 dezembro, 2009

3 braços, uma é cabeça.

Estava colado na parede vestido de branco com detalhes azuis, e ninguém disse quando ele sairia de lá. Já estava enjoado de olhar a madeira da parte de trás do móvel que suporta a TV. Isto por que não tinha passado nem uma semana direito. Seu vizinho era negro, tinha 2 olhos mas parecia que um deles era falso, já o outro vivia vermelho. Nesse tempo ele foi culpado mais vezes do que eu, digo, não me lembro de não terem me culpado nenhuma vez além de outra vez com um cara bastante peludo que veio mexer comigo, que pavor! Foi assim:

Eu já estava lá ha algumas horas quando eu o vi pela primeira vez. Sempre bem vestido, o rapaz mal falava, digo, não falava nada. Apenas passava de um lado pro outro vistoriando tudo com seu terno cinza com branco e negro. Tinha olhos de vítima mas era ele quem sacaneava.
Quando me viu pela primeira vez eu já tinha o observado muitas vezes, isso por que fico em um lugar pouco privilegiado. Mas quando aqueles olhos amarelos me viram, ele veio com uma cara de 'Quem é aquele filho da pu.... Ninguem me falou sobre ele!'.
Veio, chegou bem perto, eu estava com o braço esquerdo ocupado com um cabo preto grande, não sabia se eu estava pendurado ou se eu segurava tudo. Antes de poder encostar em mim falara com ele, repetiram seu nome umas cinco ou seis vezes sem sucesso. Aí foram abraça-lo e eu já de rosto virado a muito tempo com medo daquela coisa.
No outro dia o cara me veio novamente com a mesma cara de zé! Mas tinha notado com o passar do tempo que minha presença era útil e não iriam me descartar mesmo com um cara mimado como aquele influenciando seus superiores a me tirar, pelo menos era o que a cara dele dizia. Dessa vez eu tava com as duas mãos ocupadas, mas meu braço esquerdo não estava aguentando o fio branco, acabei soltando bem na frente dele, com a cara já enxereitando perto de mim, fiquei nervoso e caiu de vez. Foi quando seu bigode grande(mal cuidado) tocou no aço, deu um pulo e seu bigode virou farinha!
No outro dia, ele estava lá. Mas ficou sentado o dia inteiro me olhando com cara de inocente(claro que a culpa foi dele).

FIM do capítulo 1.

2 comentários:

Maurício Chades disse...

aguardando continuação

Pamellão disse...

Um dia quero ser tão criativa igual a vocÊ!! Muito massa!!